A pergunta pelo SER HUMANO ecoa do Paraíso. Ela é a pergunta do Criador pela sua criatura. A resposta a ela define o caráter da “Missão Evangélica”. Ela irrompe num contexto. – “ADAM onde estás?” Onde você se meteu ADAM. Em outro contexto a pergunta é de Jesus: - “Onde o colocaste?” Diante desta indagação só uma resposta é adequada: - “Senhor, vem e vê!”

A atitude do Criador e do Salvador é a mesma. Ele veio ver o que é feito do SER HUMANO. Ele veio visitá-lo para restaurar a verdadeira imagem e semelhança de Deus. Aliás, o Verbo se fez carne, proclama João para revelar a plena imagem de Deus. O Verbo –Deus se fez gente por inteiro. Esta é a medida de humanidade que Deus requer de suas criaturas a cada geração. Esta pergunta emerge de um contexto. Por isso a resposta também vem de um contexto. Este contexto sempre envolve a criação num momento situado e datado. A resposta à pergunta de Deus mexe com a história do ser humano.

Neste blog manifesta-se uma constante busca de ouvir a pergunta do Criador pelo SER HUMANO e por tentativas de responder a esta pergunta dentro do contexto da cidade. Pois, afinal, somos urbanóides pós-hiper-modernos que habitamos aglomerados citadinos onde temos a vocação de “SERMOS HUMANOS”. Os referenciais definidores do ser e do humano variam de acordo com as filosofias e convicções pessoais. Esta pagina é reflexiva e dialogal. Sem pretensões conclusivas ou dogmáticas. Prefere-se a postura da agulha e da linha que tenta costurar, à função da tesoura que seleciona cortando tudo o que não cabe no molde.

Seja bem-vinda! Seja bem vindo! Seja comigo um construtor do “SER HUMANO”!


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Esta é uma síntese da mensagem que proferí no Cemitério de Taquara/RS, no momento do sepultamento do amado irmão P. Homero Severo Pinto.
Desculpem-se, se o faço somente hoje. Eu mesmo tive que trabalhar o meu luto pela partida de um irmão tão próximo e de longa caminhada conjunta.
Deus enviou a este mundo uma pessoa sem pecados mas nenhuma sem lágrimas!

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EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRE EM MIM, AINDA QUE MORRA, VIVERÁ .(João 11.25) Continua vivo em minha memória, aquele cenário da manhã do dia 24 de abril. Por isso, desejo registrar, para memória, uma sintese  das palavras, pro mim, proferidas.
Saúdo a amada Igreja, junto com a família enlutada, com a Paz de Jesus!
Nesta manhã, não tenho outra palavra, senão aquela mensagem, que o amado irmão e colega Homero viveu e, a serviço da qual, deixou-se
consumir: "Eu sou a Ressureição e a Vida".
Esta esperança cristã foi consagrada no Credo Apóstólico, quando afirma:
"Creio na Ressurreição do corpo e na Vida eterna".
Esta palavra é o diferencial cristão sobre a eternidade, pois, hipoteca a certeza de que, assim, como existe corpo natural existirá corpo espiritual na ressurreição.
Homero viveu intensamente esta esperança, conjugada com a Vida que Jesus prometeu, quando sisse: Eu sou a Ressurreição e a Vida.
Uma tal vida não está somente no além. Ela se manifesta aqui, em nossa geração, pela maneira como amamos e nos relacionamos.
Homero viveu intensamente esta mensagem. Seu ministério é estemunha disso.Ele  no foi apenas pastor, mas também, educador. Ele soube acolher pessoas; apoiar a missão de Deus voltada para as necessidades humanas mais elementares.
 Ele soube, como poucos, ministros de Deus, construir relacionamentos.
 A enorme quantidade de flores, que se avolumam aqui, testefica o grande carinho que a Igreja lhe tributa. Desde o mais humilde ramalhete até a coroa de flores mais vistosa está a expressão de um carinho, de um amor e, já, de uma saudade... A grande consternação que sua morte causou à IECLB demonstra  o desejo de  pessoas e comunidades de possuir uma tal liderança em sua direção.
Querida Denize, Catarina, Mateus e demais familiares...
Tenham esta certeza, o Homero não morreu em vão!
Sua maneira de viver e relacionar-se deixa um anorme vazio em nossa Igreja. Contudo, a semente de sua mensagem de amor vivida e e proclamada frutificará para salvação e ânimo de muitas pessoas.
Infelizmente, ele não pode concretizar a alegria e tomar nos braços a sua futura neta...
Por isso, Catarina, quando mais tarde a Letícia indagar neste lugar de saudade:
 - Mãe, por que você está chorando?
E, qunado você então, contiver as lágrimas,  levantar o seu olhar e contemplar esta paisagem cinzenta de cruzes que testemunham momentos de dor e de  saudade... Detenha-se por um momento! Perceba que o sol brilha, a relva se renova,  as árvores florescem, as aves cantam e, pessoas se abraçam...
Assim, a esperança e a vida prometida por Jesus se renova e haverá de triunfar, por mais profunda que seja a dor que hoje nos visita.
Recebam o abraço carinhoso do toda nossa Igreja expressa em tantas lágrimas, mensagens e flores...
E, que o Espírito Santo, o supremo Consolador, seja a presença restauradora em suas vidas! Amém!

2 comentários:

  1. Oi Arzemiro! Estou esperando tua palestra intitulada "O Mundo do Zé". Ela foi proferida em Novo Hamburgo lá pelos idos de 1972. Abraços!

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  2. Oi Arzemiro! Porque não escreves mais? Tuas contribuições são muito ricas. Eu e outros empobrecemos por não mais podermos ler teus escritos aqui neste Blog. Abraços!

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