A pergunta pelo SER HUMANO ecoa do Paraíso. Ela é a pergunta do Criador pela sua criatura. A resposta a ela define o caráter da “Missão Evangélica”. Ela irrompe num contexto. – “ADAM onde estás?” Onde você se meteu ADAM. Em outro contexto a pergunta é de Jesus: - “Onde o colocaste?” Diante desta indagação só uma resposta é adequada: - “Senhor, vem e vê!”

A atitude do Criador e do Salvador é a mesma. Ele veio ver o que é feito do SER HUMANO. Ele veio visitá-lo para restaurar a verdadeira imagem e semelhança de Deus. Aliás, o Verbo se fez carne, proclama João para revelar a plena imagem de Deus. O Verbo –Deus se fez gente por inteiro. Esta é a medida de humanidade que Deus requer de suas criaturas a cada geração. Esta pergunta emerge de um contexto. Por isso a resposta também vem de um contexto. Este contexto sempre envolve a criação num momento situado e datado. A resposta à pergunta de Deus mexe com a história do ser humano.

Neste blog manifesta-se uma constante busca de ouvir a pergunta do Criador pelo SER HUMANO e por tentativas de responder a esta pergunta dentro do contexto da cidade. Pois, afinal, somos urbanóides pós-hiper-modernos que habitamos aglomerados citadinos onde temos a vocação de “SERMOS HUMANOS”. Os referenciais definidores do ser e do humano variam de acordo com as filosofias e convicções pessoais. Esta pagina é reflexiva e dialogal. Sem pretensões conclusivas ou dogmáticas. Prefere-se a postura da agulha e da linha que tenta costurar, à função da tesoura que seleciona cortando tudo o que não cabe no molde.

Seja bem-vinda! Seja bem vindo! Seja comigo um construtor do “SER HUMANO”!


sábado, 19 de junho de 2010

ENCONTRÃO NACIONAL JOINVILLE - 17-20/2/2007

Tema: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? 1 Reis 19.9
Palestrante: Arzemiro Hoffmann

Introdução:
Nossa herança espiritual nos compromete com a obediência aos ensinos da Palavra de Deus.
Vamos abrir a nossa Bíblia no Primeiro livro de Reis, capítulo 19, 1-18.
Para melhor compreender a situação que o profeta de Deus enfrentou, olhemos para os capítulos precedentes:
16.29-34 – Elias atuou nos dias do Rei Acabe que era casado com Jezabel , filha do rei dos sidônios. Ela era seguidora do Deus Baal, a quem edificou um altar em Samaria. (v.31-32)
Acabe embora sendo rei em Israel erigiu um poste ídolo, pecando assim contra o Deus de Israel(v.33).
17. 1-7 – Elias prediz um grande seca sobre a região. Depois, em obediência à palavra do Senhor retira-se.
8-24- Elias é sustentado pela provisão de Deus: através de corvos e pela viúva de Sarepta, de quem ressuscitou o único filho que havia morrido.
18.1-19 – Obedecendo a palavra do Senhor Elias volta a encontrar-se com o rei Acabe.
20-40 – O desafio do monte Carmelo: Elias e os 450 profetas de Baal.Deus manifesta sua poderosa mão; manda fogo do céu para manifestar que ele é o Deus de Israel. Elias mata os 450 profetas de Baal.
41-46 – Elias ora para que chova.
Em síntese:
Elias viveu sob um governo idólatra e perseguidor; em tempos de calamidade e seca. Parece que o povo de Israel vivia em perseguição,o silêncio e apatia. Nas palavras de Elias: deixaram a aliança, mataram os profetas, fiquei só e ainda procuram tirar-me a vida( v. 10b, 14b). Ele foi único que abertamente viveu a fidelidade de Deus ao seu chamado: solidão e fidelidade.
Deus fez Elias experimentar diversos sinais e milagres para lhe dissipar todas as dúvidas a respeito do poder e os desígnios do verdadeiro Deus.


1. QUE FAZES AQUI, ELIAS? I Rs 19.9

Como Elias enfrenta o dia seguinte à contundente vitória do poder de Deus sobre os falsos profetas de Baal?
A dura ameaça por vingança feito por Jezabel (19.2), enche Elias de medo
e ele foge para salvar a sua vida (v.3). Ela deixa para traz o seu moço e foge para o deserto. Senta-se à sombra de um zimbro e pede para morrer: v.4-5a.
Através de um anjo Deus o sustentou para uma jornada de 40 dias até Horebe, o monte de Deus (v.5). Ali se refugiou numa caverna.
O que fazes aqui, Elias?, é a pergunta do Senhor. Deus não desperta, sustenta e fortalece para fugirmos para uma caverna.
Olhemos para Elias, (sem querer fazer uma psicanálise de sua pessoa) no stresse, esgotamento (bournot) ou depressão que ele se encontra, é incapaz de olhar para traz e enxergar o que Deus fez; descolado de seu passado é incapaz vislumbrar um futuro. Por que? Ele está debruçado sobre si mesmo em como salvar a vida. Ele entrou caverna (v. 9). E segundo ele, sua vida não vale grande coisa. (Estar entregue a si mesmo é a maior desgraça que pode sobreviver a uma pessoa (Rm 1.19). Deus não permite que isso aconteça a seus filhos).
Deus não deixou Elias perdido na sua na caverna, mas o chama a subir o monte para uma meditação. Elias precisou acordar para uma nova percepção de Deus: o agir de Deus não se limita à tempestade, ao terremoto e ao fogo. Parece que Elias precisa uma experiência significativa de Deus e não de milagre. Daí a razão da manifestação de Deus numa brisa suave. (Queremos Deus ou as coisas de Deus? Seu poder, seus milagres, sua bênção??).
Elias volta do monte envolto em seu manto e pos-se à entrada da caverna.
Veio-lhe pela segunda vez a indagação de Deus: Que fazes aqui, Elias?
Na crise ou encruzilhada da vida, Deus conduz Elias não a fazer os mesmos grandes feitos como no passado. Mas lhe aponta o futuro e o quer tem a fazer para aproximar o futuro. Cuidar e preparar a liderança para o amanhã. O horizonte do futuro não são os inimigos dos passado. O horizonte do futuro é Deus mesmo. Mas o deserto está no passado, presente e no futuro.
Agora é outro tempo, volta às veredas antigas, retoma o teu ministério, cuida do discipulado e de quem serão os líderes da próxima geração. Deus se manifestará mais na consolidação de sua obra do que no espetáculo de seus feitos.
Amplia o teu horizonte! Você não está só. Tenho sete mil em Israel que não dobraram seus joelhos a Baal (v.18). Cuida, apascenta, lidera o meu rebanho.

2. DE ELIAS PARA O MOVIMENTO ENCONTRÃO

Que fazes aqui, Movimento Encontrão? Qual a tua visão? Qual a tua missão?
Estás numa encruzilhada entre ser Movimento ou obedecer à instituição?
O que deve ser nossa prioridade? Qual o nosso pertencimento no século XXI?

Como nascemos? Como era a conjuntura política e religiosa na década de 1960-70?
O Brasil viveu naquela época um conflito de poder e governabilidade. A grande burguesia nacional e internacional aliada às forças Armadas com apoio da CIA norte-americana, implantaram a partir de 1964, o Regime Militar no Brasil e nos principais países da América do Sul para combater o avanço do comunismo internacional.

Conjuntura religiosa. A IECLB era maior igreja evangélica do Brasil. Tinha em seus quadros de obreiros um alto percentual de pastores estrangeiros. O trabalho predominante era o atendimento das comunidades, marcadas pela tradição alemã de cunho rural. Mas havia liberdade para evangelizar e apoiar iniciativas de trabalhos além das fronteiras paroquiais. Era uma liberdade de ação missionária sem um patrulhamento teológico ou ideológico oficial. A teologia liberal, neste sentido, era tolerante.
Durante o Governo Militar chegaram ao Brasil inúmeras missões para-eclesiásticas de cunho conservador. Trouxeram muita inovação de metodologias missionárias, novos modos de celebrar e criatividade para evangelizar.

O Nascimento do Movimento Encontrão
O ME surgiu com uma identidade clara: Evangelizar os batizados da IECLB, edificar a vidas dos novos convertidos e treinar as lideranças: Tripé.
Ninguém se preocupava muito com a estrutura e os cargos na Igreja. Nosso alvo maior era salvar almas para Jesus. Embora fossemos chamados de pietistas, ou a nossa teologia era criticada como sendo batista e consevadora, nosso foco era a evangelização. Partilhávamos da convicção que as pessoas batizadas precisam conhecer a justificação por graça e fé. Esta é a promessa feita no batismo de crianças.
Pertencia ao Encontrão que praticava o tripé: nossa visão ficou estabelecida nesta frase: “Preparando discípulos nos moldes praticados por Jesus queremos dar a nossa contribuição para o Reino de Deus a partir da IECLB”.
Ao longo de 40 anos experimentamos a fidelidade de Deus na consolidação do maior movimento organizado na IECLB. Os poucos se tornaram em milhares...

40 ANOS DEPOIS...
Brasil redemocratizado oferece ampla liberdade religiosa. Estamos mergulhados no mercado religioso. A divulgação da Bíblia ocupou a mídia: rádio, jornal, TV, internet. Vivemos um tempo pós-institucional. As pessoas fazem suas escolhas espirituais sem perguntar a opinião dos pastores ou das igrejas.
Multiplicam-se os ministérios autônomos e as comunidades independentes. A urbanização relativizou a tradição. As fronteiras se abriram.
A IECLB passou a ser a quinta ou sexta maior igreja evangélica no Brasil, de acordo com o censo do IBGE do ano de 2000.
Passamos de uma igreja Evangélica para uma igreja Luterana. O que é ser luterano de acordo com o governo da IECLB é concordar com a linha oficial da igreja. Está muito mais vinculado à forma litúrgica e vestes talares do que ao conteúdo do evangelho. Há maior controle. E um medo de que a diversidade de ações missionárias ameaça a unidade. Assim experimenta-se um fechamento institucional.
O Movimento Encontrão, cresceu e ampliou-se.
Nossa visão do Evangelho do Reino não se limite a salvar as almas perdidas, mas está comprometida com uma evangelização integral: que conjuga evangelização, edificação, formação e serviço em contextos específicos da realidade. Nossa visão é de missão urbana que ultrapassa as fronteiras denominacionais da IECLB.
Nossa metodologia missionária integra programas como Alpha, aposta em projetos missionários nas comunidades e além delas: como Missão Zero, Ministério Jovem. Nossa formação além da liderança leiga, empresários e presbíteros, jovens, conta com a FATEV ( 15 anos e o reconhecimento do MEC) para formação ao ministério missionário e pastoral; curso bíblico no nordeste...nosso compromisso com o evangelho integral conjuga a misericórdia, e a prática da justiça do Reino de Deus, por isso dá importância para a vinculação da evangelização com a diaconia.
As nossas fronteiras missionárias ultrapassam as comunidades da IECLB.
Enfim, o nosso leque de ações de abriu muito e por isso às vezes se coloca a pergunta: afinal quem somos nós? Qual a nossa identidade? A quem pertencemos?

O que fazes aqui, Movimento Encontrão?

O Pertencimento e a fragilidade dos compromissos.
O que é pertencer a alguém?
A frágil vinculação no mundo pós-moderno é simbolizado pelos jovens na palavra “ficar”. Que significa: estar com alguém por algum tempo sem compromisso. O que determina tudo é o meu interesse ou prazer, de lado a lado.
Somos uma geração marcada pelo sentimento ou pelas emoções. As escolhas espirituais também são feitas pelo ambiente não pela essência do evangelho.
O que você está fazendo aqui Elias?
Quem era Elias e quais são os seus feitos? Em que circunstância Deus lhe faz esta pergunta? Qual era a resposta de Elias?
Por que Deus repete a pergunta? Em que circunstâncias? Como Elias responde? Como Deus reage à resposta de Elias?
Deus que mostrar a Elias que aqueles que lhe pertencem jamais estarão sozinhos. Além da presença do próprio Deus e seus anjos e tem uma multidão de intercessores ao seu lado. Estar com Deus é estar amparado. É pertencer a uma comunidade.

Por outro lado existe o exagero de expor as marcas do pertencimento. Como fazem os fazendeiros com seu gado.
Ou levando isso para dentro da igreja, nota-se que algumas tentam identificar os que pertencem a um determinado rebanho pela forma de vestir, pela consagração de costumes ou moda de roupa e cabelos compridos. Ou ainda, os que procuram usar hábitos como monges e freiras, ou vestes clericais para designar que pertencem a um rebanho distinto.
Na pós-modernidade tem ambas as experiências: os sem compromissos e os amarrados pelas formas.

Marcas do pertencimento
1 – A circuncisão como marca do povo da antiga aliança. A circuncisão como sinal ordenado por Deus a todos quantos pertenciam a seu povo.
2 - João Batista o batismo prega o arrependimento e o compromisso com o Reino de Deus vindouro. Como sinal de querer participar deste reino era exigido o arrependimento e a fé, acompanhada do sinal do Batismo.
3. No mundo secular iniciou-se a prática do uso da aliança no dedo entre as pessoas que livremente assumem um compromisso de amor mútuo.Quem usa a aliança no dedo sinaliza que é alguém comprometido.
4 – Os criadores de gado marcam o seu gado com um selo colocado no animal através da marca do fazendeiro com um ferro quente.
5 – No Apocalipse é falado da marca da besta que os seguidores do anticristo levarão na testa.
As macas externa são todas relativas. Nenhuma dá a certeza de um verdadeiro pertencimento. Paulo fala que “nem a circuncisão nem incircuncisão vale alguma coisa, mas a fé que atua no amor”(Gl 5.6). O que tem valor mesmo é a nova vida em Cristo.
Vejam aqui reside um diferencia essencial. O pertencimento tem tudo a ver com relacionamento. Isto a Bíblia chama de obediência de coração. Ou o selo do Espírito Santo.
Apc 7 –afirme que os fiéis são selados pelo Senhor. Aqueles que tem no seu coração um compromisso. Jesus usou a Santa Ceia para expressar o seu compromisso com a Igreja: isto é o meu corpo e isto é o meu sangue. Pedro fala que não fomos comprados nem por ouro nem por prata, mas pelo seu sangue precioso no qual temos a redenção, o perdão e a salvação.
Nosso compromisso como Movimento Encontrão
Nasceu do compromisso de amor ao rebanho dos batizados. Constatamos que não baste um rito sacramental sem sua vivência. A aceitação de Cristo, a justificação é a resposta que se espera de que foi batizado como criança.
O pertencimento é ao Reino de Deus. A igreja deve ser a família que facilita as pessoas de alcançar o reino( ai de vós que fechais as portas para o Reino Mt 23).


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Nossa história explica a que viemos:
- “Fazendo discípulos nos moldes que praticava Jesus, queremos dar a nossa contribuição para o Reino de Deus a partir da IECLB”.

- Nosso compromisso, desde o começo, foi em primeiro lugar com a evangelização, não com a estrutura da igreja.
A mentalidade da instituição é moldada pela visão européia. A instituição detém o evangelho e sua interpretação e prática. Isto levou a dominação eclesiástica e cultural... isso contribuiu para a visão etnocêntrica ou de superioridade cultural praticada pelas igrejas da imigração e de missão. Por amor a esta tradição as pessoas de outras culturas são deixadas de lado.
- No contexto da urbanização nasce o ME. Seus iniciadores perceberam o enfraquecimento institucional e da tradição luterana. Ela não era suficiente para segurar a pertence dos membros.

- Quem alcança e transforma as pessoas na cidade não é a instituição, mas o evangelho. A entrada para o corpo de Cristo é a experiência pessoas, mística com o evangelho, não o sacramento do batismo. Daí a razão de nossa ênfase: evangelizar os batizados. Somos o movimento pioneiro na valorização do batismo na IECLB. Ou existirá uma melhor maneira de valorizar o batismo do que ensinar o significado da justificação por graça e fé?

- À medida que o ME foi sendo consolidado, foi sendo ampliada a compreensão do tripé: Conversão(novo nascimento), Edificação( pediatria) e Multiplicação( discipulado). Isto acontecia sobre uma base de cuidado mútuo e diaconia. Os obreiros sempre mais assumiam a responsabilidade pelo cuidado do rebanho e desafiavam os novos crentes a desenvolverem os seus dons para exercerem o ministério que o Espírito Santo lhes conferia, cada qual de acordo com os seus dons. O resultado foi uma maior participação na vida das comunidades e conseqüente maior contribuição financeira, que por sua vez gerou novas comunidades.

- O compromisso com a missão é outro ponto que merece destaque. O evangelismo pessoal utrapassava as fronteiras das comunidades locais. Houve uma troca do modelo comunitário: do VINDE aos cultos ou a Igreja, passou-se ao IDE pregai o evangelho. Exemplo disso são as visitações conjugadas entre visitantes e lideranças locais.

- O compromisso missionário levou a abraçar o desafio da formação e capacitação de lideranças e obreiros. Embora o voluntariado sempre fosse e será a base da missão, há, contudo, um compromisso para não perder aqueles que eram vocacionados para um ministério em tempo integral ou parcial.

- A missão nem sempre caminho nos trilhos da instituição e da tradição. A surgimento das sociedades missionárias na Europa e América do norte são disso exemplos.
A formação de um Currículo Bíblico, depois escola de teologia e Hoje FATEV seguiu o caminho para corresponder as exigências de obreiros identificados com um compromisso evangélico.

- A missão mudou do campo para a cidade. Isso requereu uma nova metodologia. Enquanto no campo o culto tenha tido o caráter de um acontecimento social, na cidade o culto é uma experiência relacional e mística.
Aprendemos também que o evangelho não é uma fórmula mágico, tipo 4 leis espirituais. Ele é o poder de Deus que salva a partir de uma escravidão específica. Não basta dizer a um dependente químico que ela jaz no inferno. É preciso arrancá-lo e colocá-lo em condições de apoio para superar sua dependência. Isto requer um serviço de abnegação que os cultos não oferecem. O mesmo acontece com o oprimido. Moisés foi o libertador que saiu com o seu povo do regime da escravidão. José foi um estadista no Egito, Amós foi um profeta...(livro: o ministério é a resposta a uma necessidade concreta e localizada)

-A missão na cidade requer diversificação de ministérios e programas. Algumas pessoas encontram o caminho da salvação pelos programas normais da igreja. Graças a Deus.
A nova geração está sendo sacrificada pela tradição. O amor aos jovens requer mudanças de acordo com as exigências do contexto.

- O que você está fazendo aqui?
Como Elias é hora de sair da caverna? Qual é a sua caverna? O que você consegue lembrar ou enxergar?
É hora de olhar para frente. A vitória de ontem pode ser o motivo da depressão de hoje. O compromisso é deixar Deus falar. Enquanto houver ouvidos para ouvir a sua palavra e seu espírito, haverá missão.

- Você quer fazer parte dos que se escondem na caverna e só olham para traz ou deixa-se guiar pelo Espírito do Senhor e pela sua palavra? Deixa O Senhor abrir os teus olhos para perceber que milhares que não dobraram os joelhos diante dos falsos profetas ou falsos deuses.

- Na cidade só sobrevive quem tem uma sólida base ancorada em relacionamentos significativos. Na família de sangue ou na família da fé. As instituições são cada vez mais de valor relativo. A caverna igreja voltada para o passado pode ser a causa da depressão missionária. É preciso buscar a presença do Espírito Santo que abra os olhos para os horizontes de Deus.
- O que você está fazendo aqui\?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Esta é uma síntese da mensagem que proferí no Cemitério de Taquara/RS, no momento do sepultamento do amado irmão P. Homero Severo Pinto.
Desculpem-se, se o faço somente hoje. Eu mesmo tive que trabalhar o meu luto pela partida de um irmão tão próximo e de longa caminhada conjunta.
Deus enviou a este mundo uma pessoa sem pecados mas nenhuma sem lágrimas!

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EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA. QUEM CRE EM MIM, AINDA QUE MORRA, VIVERÁ .(João 11.25) Continua vivo em minha memória, aquele cenário da manhã do dia 24 de abril. Por isso, desejo registrar, para memória, uma sintese  das palavras, pro mim, proferidas.
Saúdo a amada Igreja, junto com a família enlutada, com a Paz de Jesus!
Nesta manhã, não tenho outra palavra, senão aquela mensagem, que o amado irmão e colega Homero viveu e, a serviço da qual, deixou-se
consumir: "Eu sou a Ressureição e a Vida".
Esta esperança cristã foi consagrada no Credo Apóstólico, quando afirma:
"Creio na Ressurreição do corpo e na Vida eterna".
Esta palavra é o diferencial cristão sobre a eternidade, pois, hipoteca a certeza de que, assim, como existe corpo natural existirá corpo espiritual na ressurreição.
Homero viveu intensamente esta esperança, conjugada com a Vida que Jesus prometeu, quando sisse: Eu sou a Ressurreição e a Vida.
Uma tal vida não está somente no além. Ela se manifesta aqui, em nossa geração, pela maneira como amamos e nos relacionamos.
Homero viveu intensamente esta mensagem. Seu ministério é estemunha disso.Ele  no foi apenas pastor, mas também, educador. Ele soube acolher pessoas; apoiar a missão de Deus voltada para as necessidades humanas mais elementares.
 Ele soube, como poucos, ministros de Deus, construir relacionamentos.
 A enorme quantidade de flores, que se avolumam aqui, testefica o grande carinho que a Igreja lhe tributa. Desde o mais humilde ramalhete até a coroa de flores mais vistosa está a expressão de um carinho, de um amor e, já, de uma saudade... A grande consternação que sua morte causou à IECLB demonstra  o desejo de  pessoas e comunidades de possuir uma tal liderança em sua direção.
Querida Denize, Catarina, Mateus e demais familiares...
Tenham esta certeza, o Homero não morreu em vão!
Sua maneira de viver e relacionar-se deixa um anorme vazio em nossa Igreja. Contudo, a semente de sua mensagem de amor vivida e e proclamada frutificará para salvação e ânimo de muitas pessoas.
Infelizmente, ele não pode concretizar a alegria e tomar nos braços a sua futura neta...
Por isso, Catarina, quando mais tarde a Letícia indagar neste lugar de saudade:
 - Mãe, por que você está chorando?
E, qunado você então, contiver as lágrimas,  levantar o seu olhar e contemplar esta paisagem cinzenta de cruzes que testemunham momentos de dor e de  saudade... Detenha-se por um momento! Perceba que o sol brilha, a relva se renova,  as árvores florescem, as aves cantam e, pessoas se abraçam...
Assim, a esperança e a vida prometida por Jesus se renova e haverá de triunfar, por mais profunda que seja a dor que hoje nos visita.
Recebam o abraço carinhoso do toda nossa Igreja expressa em tantas lágrimas, mensagens e flores...
E, que o Espírito Santo, o supremo Consolador, seja a presença restauradora em suas vidas! Amém!